domingo, 29 de novembro de 2009

Obras

Le Corbusier fez mais de 300 projetos em várias escalas, de pequenas cabanas a cidades inteiras (somente 78 desses projetos foram construídos). Ele também escreveu 34 livros, fez incontáveis pronunciamentos, conferências e entrevistas, desenhou, pintou e esculpiu, projetou mobiliário, dirigiu vários negócios, viajou pelo mundo, teve casos de amor, co-editou uma revista, inventou seu próprio sistema de medidas e escreveu cartas para sua mãe pelo menos uma vez por semana. Você deve estar se perguntando onde ele arranjou tempo para tudo isso.

Retrospectiva

http://www.youtube.com/watch?v=elvsHY3f3xg&feature=related

Video interessantíssimo sobre Le Corbusier. Assista.

Le Corbusier



A sua influência estendeu-se principalmente ao urbanismo. Foi um dos primeiros a compreender as transformações que o automóvel exigiria no planejamento urbano. A cidade do futuro, na sua perspectiva, deveria consistir em grandes blocos de apartamentos assentes em pilotis, deixando o terreno fluir debaixo da construção, o que formaria algo semelhante a parques de estacionamento. Grande parte das teorias arquitectónicas de Le Corbusier foram adoptadas pelos construtores de apartamentos nos Estados Unidos da América.
Le Corbusier defendia, jocosamente, que, “por lei, todos os edifícios deviam ser brancos”, criticando qualquer esforço artificial de ornamentação. As estruturas por ele idealizadas, de uma simplicidade e austeridade espartanas, nas cidades, foram largamente criticadas por serem monótonas e desagradáveis para os peões. A cidade de Brasília foi concebida segundo as suas teorias.
Depois da sua morte, os seus detractores têm aumentado o tom das críticas, apelidando-o de inimigo das cidades. É, no entanto, absolutamente, um nome de referência na história da arquitectura contemporânea.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Trabalho Escrito

Queriamos falar um pouquinho do nosso trabalho escrito. A primeira vez que nos reunimos foi para discurtirmos como o trabalho seria feito, se faríamos mesmo o exigido, qual programa usaríamos para fazê-lo. Não tínhamos nenhum trabalho como base e ficamos meio perdidas, quando do nada uma das três sugeriu fazer algo diferente e logo em seguida pensamos numa revista, esse primeiro dia foi basicamente de pesquisa, olhamos todos os tipos de revista, de moda a revistas de notícias e pontuando o que era necessário para a nossa.

No encontro seguinte decidimos o nome e o que colocaríamos nas matérias, uma delas era uma entrevista relâmpago com alguns professores da Unifor sobre o Le Corbusier e a Villa Savoye, mas infelizmente alguns professores não nos responderam. Não contaremos em detalhes porque foram vários dias de encontros e pontualmente estávamos lá, mas com certeza pra gente valeu a pena e espero que a professora Daniela tenha gostado bastante.

Aí vai a capa:


Estruturas: variação, conexão e liberdades




A [contra-]tradição Moderna de Le Corbusier
No princípio do século passado, o arquiteto Le Corbusier pontuava seus 5 pontos (os pilotis, a planta livre, a fachada livre, as janelas em fita e o terraço jardim) como soluções a arquitetura que abarcariam, de uma só vez, o retorno às estruturas clássicas e a libertação do sujeito moderno da compartimentação e descontinuidade dos espaços promovida pelos movimentos correntes na arquitetura de então. Ainda mais, pretendiam alcançar a produção de uma nova sociedade através da ordenação correta dos fluxos e comunicações dos espaços privados e públicos.
No urbano, isso se traduz no Plan Voisin e demais planos utópicos modernistas a partir da tabula rasa, da liberação do solo urbano e da criação de comunidades suspensas, organizadas e planejadas através da continuidade estrutural, segregação dos usos e liberdade de circulação.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tecnologia Inovadora



A Villa Savoye torna manifesto um novo modo de ver e viver no mundo. Para isso, utiliza a tecnologia de ponta da época, tornando explícitos os operadores que permitiam a sua realização arquitetônica. É um manifesto de um novo modo de vida que se expressa em uma nova e diferenciada articulação dos usos que toma lugar nos espaços que o conceito da promenade architecturale possibilitava. O edifício foi construído utilizando-se de uma tecnologia inovadora do concreto armado que se mostrava através de um repertório formal sintetizado pelos Cinco Pontos por uma Nova Arquitetura.
Ela aponta para a possibilidade de que a arquitetura, através dos seus elementos tectônicos, possa regular as relações humanas e, mais importante, atingir um grau de invenção arquitetural na medida em que promove deslocamentos em todas as demandas que interagem na criação e na realização do edifício, o que sugere uma reinvenção dos modos tradicionais de mediação dessas relações e interações entre os homens, ou seja, uma reinvenção da finalidade a que a arquitetura deve atender.

Como Surgiu a Idéia



“A idéia [da casa] era simples: eles tinham um parque magnífico formado por um campo cercado de árvores; eles desejavam viver no campo; eles estariam ligados a Paris por um caminho de 30 quilômetros de automóvel. Vai-se portanto até a porta da casa de carro, e é o arco mínimo de curvatura do automóvel que fornece a dimensão mesma da casa. O automóvel entra sob o pilotis, contorna os serviços comuns, pára no meio, na porta do vestíbulo, entra então na garagem ou segue seu caminho de saída: eis o fundamental. Outra coisa: a vista é muito bonita, a grama é uma coisa bela, a floresta também: se tocará neles o mínimo possível. A casa se colocará em meio à grama como um objeto, sem molestar nada”

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Planta Baixa


Fachadas e planta baixa da Villa Savoye.

Característica da Villa




Na Villa Savoye, a característica essencialmente modernista da descentralização da composição - marcada pela malha de pilares, reforçada pela disposição dos principais espaços nas margens da composição e expressa nas janelas em fita - é utilizada para sugerir um movimento difuso, para o alto e para fora, rumo a paisagem e ao céu, rumo à natureza.

Le Corbusier no Brasil


A convite do arquiteto e presidente Getúlio Vargas, Le Corbusier veio ao Brasil, mais precisamente ao Rio de Janeiro. Durante essas quatro semanas que permaneceu na cidade desenvolveu uma proposta urbanista para o Rio de Janeiro, nela existia quatro principais fundamentos para a cidade, sâo eles;

- Descongestionamento do centro das cidades, para fazer frente às exigências de trânsito;
- Aumento da densidade dos centros das cidades, para realizar o contato exigido pelos negócios;
- Aumento dos meios de circulação, ou seja, modificar completamente a atual concepção de rua que se acha sem efeito ante o fenômeno novo dos meios de transporte modernos: metrôs ou carros, bondes, aviões;
- Aumento das superfícies arborizadas, único meio de assegurar a higiene suficiente e a calma útil ao trabalho atento exigido pelo ritmo dos novos negócios.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Urbanismo Moderno

O urbanismo ideal de Le Corbusier




-Foco principal: habitação
-Pedrestre circulam longe dos automóveis
-Zoneamento das atividades
-Unidades habitacionais inseridas em parques
-Toda fachada exposta a iluminação
-Unidade habitacional contendo funções necessárias para formar um habitat ideal
-Subúrbios e cidades satélites desarticulam o fenômeno urbano

sábado, 21 de novembro de 2009

Chaise LC4





Le Corbusier LC4 é um projeto clássico,e cobiçado até hoje no mundo inteiro. Além de extremamente confortável e versátil, a chaise rouba a cena deixando o ambiente charmoso e, ao mesmo tempo original. Com design assinado por Corbusier, é um item clássico na decoração.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Charles-Edouard Jeanneret



Charles-Edouard Jeanneret, conhecido por Le Corbusier, nasceu a 6 de Outubro de 1887 em La Chaux-de-Fonds, Suíça, mas viveu a maior parte da sua vida em França. Foi um arquiteto que constituiu um marco muito importante no desenvolvimento da arquitetura moderna. Com a publicação de "Vers une Architecture" (1923) ele adotou o nome Le Corbusier, e dedicou todo o seu talento e energia à criação da uma nova e radical forma de expressão arquitetônica. Em 27 de Agosto de 1965 morreu afogado no Mediterrâneo.
Le Corbusier fez seu primeiro projeto aos 17 anos e sua forma de representar a arquitetura sempre foi através de croquis, destacando a importância do desenho.
Foi um dos principais arquitetos do movimento moderno, defendendo o uso de materiais simples e do ‘standard’ nos projetos arquitetônicos. Sua produção foi diferenciada em função da linguagem que adotou para projetar, introduzindo outro olhar na habitação e despertando o prazer de desfrutar do espaço arquitetônico. Sua preocupação não era com o uso e sim com o aproveitamento do espaço produzido.


___________


Uma breve história sobre nosso arquiteto, mais tarde falaremos das obras.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Projeto de Ruy Ohtake














Para quem não conhece o Arquiteto Ruy Ohtake, ele fez um projeto de reforma do Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), São Paulo, para a copa de 2014. A capacidade será reduzida de 75 mil para 62 mil lugares para atender os padrões da FIFA. O projeto prevê um edifício garagem para 4.800 carros.
essa obra tem valor estimado inicialmente em R$ 180 milhões, podendo haver alterações.

Relato de Ruy Ohtake




Ruy Ohtake, um dos mais importantes arquitetos conteporâneos brasileiros, relata o que achou ao ter visitado a obra Villa Savoye de Le Corbusier.

"Visitei, quando ainda estudante, a casa mais conhecida de Le Corbusier, a Villa Savoye - projeto de 1928 - . Uma emoção longa e muda foi a aproximação a essa casa, no topo de uma colina. Força plástica entre a serena proporção do primeiro pavimento e a volumetria do terraço-jardim da cobertura, a quase pictórica relação entre cheios e vazios, os pilotis a lhe conferirem uma surpreendente leveza e a rampa interligando os três pavimentos, um passeio pelos espaços da casa e o vislumbre da natureza que a envolve."

Natureza Morta



Jeanneret, Charles-Édouard

Imagem de um dos quadros de Le Corbusier, Natureza morta, de 1921. Ele representa vistas diversas dos objetos, na lateral, superior, tudo claramente perceptível. Le Corbusier pega esse ideal do purismo e trás para a arquitetura.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Contraponto: Uma Crítica à Villa Savoye

Por trás de um muro, no cume de uma colina em Poissy, um caminho de cascalho curva –se por entre uma mata densa antes de sair numa clareira, no meio da qual ergue-se uma caixa retangular, branca e esguia, com janelas envidraçadas nas laterais, sustentada acima do chão por uma série de colunas incrivelmente delgadas.Uma estrutura no alto da Vila Savoye parece uma caixa d’água ou cilindro de gás, mas a um olhar mais atento ela revela ser um terraço com uma parede de proteção semicircular.A casa parece uma peça de um mecanismo preciso, primorosamente trabalhado. A casa parece uma visitante temporária, esperando receber um sinal para acionar seus motores e iniciar a viagem de volta para um galáxia distante.
A influência da ciência e da aeronáutica continua no interior. A porta da frente, de aço abre para um hall de entrada limpo e claro que mais parece uma sala de cirurgia. Dominando a sala, uma rampa larga leva aos aposentos principais. A cozinha está equipada com todas as conveniências da era moderna. O clima é técnico e austero. Não há nada irrelevante ou decorativo aqui, nenhuma rosácea ou cornija, nenhum floreio ou ornamento. A linguagem visual inspira-se nas fábricas.
“O que o homem moderno precisa é de uma cela de monge, bem iluminada e aquecida, com um canto de onde possa olhar as estrelas”, escreveu Le Corbusier. Quando a obra foi concluída, a família Savoye tinha motivos para se sentir confiante de que na casa projetada para eles, os requisitos exigidos estariam satisfeitos.
Tão forte era o interesse estético dos modernistas, que ele várias vezes prevalecia sobre considerações a respeito da eficiência. A Vila Savoye podia parecer uma máquina com intenções práticas, mas era na realidade uma extravagância com motivações artísticas.
A cobertura da Vila Savoye era desastrosamente desonesta. Segundo Le Corbusier, uma cobertura plana seria preferível a uma pontuda, por ser mais barato e mais fácil de manter. Mas uma semana após a família Savoye se mudar, começaram os problemas. A cobertura em cima do quarto do filho apresentou um vazamento, deixando passar tanta água que o menino contraiu uma pneumonia. Seis anos após o término da obra, Madame Savoye resumiu os sentimentos sobre o desempenho da cobertura plana numa carta: ”Está chovendo no Hall, na rampa, e a parede da garagem está encharcada, continua chovendo no meu banheiro, pois a água passa através da clarabóia”. Le Corbusier prometeu que o problema seria sanado imediatamente, e aproveitou para lembrar os comentários favoráveis da crítica especializada em arquitetura: ”Os senhores deveriam colocar um livro sobre a mesa do hall e pedir a todos os visitantes que registrem seus nomes e endereços. Mas não convenceu os insatisfeitos moradores:” Após inúmeros pedidos de minha parte, o senhor finalmente reconheceu que esta casa é inabitável. A sua responsabilidade está em jogo, torne-a habitável imediatamente ou vou recorrer à justiça. Só com o começo da Segunda Guerra Mundial e a fuga da família Savoye livraram Le Corbusier de ter de responder no tribunal pelo projeto de sua máquina de morar, quase inabitável, porém belíssima.


Cobertura da Villa Savoye – 1931
Belo, mas não à prova de chuva

BOTTON, Alain de. "Contraponto", A Arquitetura da Felicidade. Rocco: 2007.


E vocês, o que acham? Alain de Botton está certo?

Cinco pontos da Nova Arquitetura parte II

Levando em consideração o que ouvimos hoje na sala de aula, eis um pequeno resumo dos cinco pontos da Nova Arquitetura:


  1. Planta Livre: através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já que estas não mais precisam exercer a função estrutural.
  2. Fachada Livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser projetada sem impedimentos.
  3. Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito (de carros) por debaixo do mesmo.
  4. Terraço Jardim: para Le Corbusier, o telhado era um espaço arquitetônico disperdiçado, em função disso, o arquiteto criou uma laje que se estrutura e possibilita o aproveitamento do terraço como uma área livre, composta de jardim, possibilitando maior contato com a natureza.
  5. Janelas em Banda: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com a paisagem.

O sucesso dos 5 pontos foi tal que, com o tempo, estes deixaram de ser associados apenas a Le Corbusier e se tornaram cânones da arquitetura moderna. Assim, arquitetos de países diversos adotaram os preceitos parcial ou integralmente em seus projetos. No Brasil, por exemplo, o prédio do Ministério da Educação e Saúde Pública, projeto de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, utiliza integralmente os cinco pontos arquitetônicos.



sábado, 14 de novembro de 2009

Os Cinco pontos da Nova Arquitetura

Através de pesquisas feitas das carreiras de Le courbusier e de seu primo e sócio Pierre Jeanneret, demonstrou-se os Cinco pontos da Nova Arquitetura. Em 1926 na revista francesa L´Espirit Nouveau, foi publicada sua forma final. Um ou mais dos pontos foram ultilizados em projetos anteriores a esta publicação, e apareceram pela primeira vez na Casa Cook, em 1926. Mas é na Villa Garches e na Villa Savoye, que estes pontos são ultilizados de forma mais expressiva. Os 5 pontos são:
1. Planta Livre
2. Fachada Livre
3. Pilotis
4. Terraço Jardim
5. janelas em Banda

No próximo post entraremos em detalhes sobre um dos pontos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Videos interessantes

Achamos esses dois videos bem interessantes, o primeiro mostra diversas fotos externas e no interior da Villa Savoye, o segundo mostra em 3D a volumetria. Vale a pena conferir.

http://www.youtube.com/watch?v=zpj5utbmeKg

http://www.youtube.com/wath?v=MalGGc73pIk

domingo, 8 de novembro de 2009


A Villa Savoye foi projetada em 1928 na França pelo arquiteto Le Corbusier, com a intenção de ser uma residência para um casal milionario com um filho, na qual se refugiariam nas ferias e em finais de samana. Foi trasnformada em museu após cuidados trabalhos de recuperação. Ela foi reconhecida pelo governo francês como Monumento Nacional, categoria muito raramente atribuída a obras de arquitetura construídas no século XX.